As duas crônicas aqui reunidas, extraídas livro 'Ao correr da pena', de José Alencar, trazem uma reflexão sobre a necessidade que o cronista tem de discorrer sobre assuntos diversos e por vezes antagônicas, como as desgraças que afligem o mundo e a vida social da corte – com pendência para esta última, sempre se dirigindo 'às leitoras'.
'Em vez de examinarem-se as necessidades do país, examinam-se as necessidades deste ou daquele indivíduo, nomeiam-no para um bom emprego criado sem utilidade pública, e o país se incumbe de alimentá-lo por uma boa porção de anos.' Eis o tom da crítica à política – atualíssima! – nessa crônica do livro 'Ao correr da pena', de José Alencar.
O leitor – sobretudo o carioca – há de se surpreender com o bairro de Botafogo que aparece nessas duas crônicas extraídas do livro 'Ao correr da pena', de José Alencar. Numa crítica à imprensa do Brasil Império, o autor ironiza o jornalista 'chorão', pra então nos fazer rir com a 'arte de chorar' que descreve. Seguindo na análise bem humorada da escrita jornalística, usa de uma alegoria singular: as brigas entre os tinteiros e as penas!
Neste clássico da literatura brasileira, José de Alencar conta a história de amor entre a virgem tabajara Iracema e Martim, guerreiro branco, inimigo de seu povo. O romance mostra as contradições do momento de surgimento do povo brasileiro, com o choque entre a cultura indígena e a chegada dos portugueses.